quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O pensamento sociológico de Emile Durkheim

Emile Durkheim (1858-1917), um dos melhores positivista, judeu franco-alemão, iniciou seus estudos em sua terra natal e, em Paris, freqüentou as melhores escolas Francesas e, formou-se em Fisolofia, e em 1882 foi nomeado professor. Em 1885, obteve licença de um ano para estudar Ciências Sociais em Bordeaux, em sua aula inaugural ele tinha consciência de estar encarregado de ensinar uma Ciência nova e pensava como professor, em ir fazendo a ciência à medida que a ensinava.

As obras de Durkheim refletem, os problemas de seu tempo, vivendo no período que vai da segunda metade do século XIX até o final da Primeira Grande Guerra (1914-1918), foram contemporâneos de acontecimentos históricos muito significativos do período. A República (1870), foi marcada pela instabilidade política e social, posterior à guerra franco-Prussiana, em que França perde para Prússia, ficou um sentimento de fracasso, estava em andamento a reorganização política do Estado, foi implementado de medidas que relevavam um rompimento com as tradições :a separação da Igreja e do Estado. A esfera econômica e social foi marcada pela intensificação dos conflitos sociais. Todos estes fatores influenciaram a visão de mundo de Durkheim, a sua crença no racionalismo e na superação do grande desregramento imperante na sociedade da época.

O pensamento sociológico de Durkheim

Durkheim atem-se ao estudo do “fato social”, com a sociedade determinando as ações do indivíduo. Durkheim analisou a questão da solidariedade, que foi o ponto de partida de sua produção teórica e reflexo de sua preocupação com a crise moral, na verdade ele pretendia criar a ciência da moral, demonstrando influência recebida de Saint-,que acreditava que os valores morais constituíam elementos capazes de atender a conduta humana e os problemas sociais de seu tempo.

Assim, a sociologia surgiu da expansão da racionalidade cientifica no tratamento das crises e problemas sociais que afligiram as formações sociais. Durkheim tenta formular proposições que estabeleçam relações constantes entre os fenômenos, os chamados “fatos sociais”, a fim de compreender a maneira de agir fixa ou não do indivíduo, obedecendo à coerção exterior, determinada pela sociedade sobre o mesmo, implicando, assim, que a sociedade se impõe ao indivíduo, ditando a ele normas de comportamento, e que a ele compete, apenas, assimilá-las, não importando se haveria interesses ou motivações individuais que determinassem o “fato social”, haja vista, para ele ser o todo mais importante do que as partes que o compõem, sendo cada indivíduo, portanto, apenas um átomo na grande química que é a sociedade.
Para Durkheim os fenômenos que constituem a sociedade têm sua origem na coletividade, onde os “fatos sociais” são formados pelas “representações coletivas”, através de suas lendas, mitos, religião, e crenças morais que são legadas de geração para geração, acrescentadas de experiências e sabedoria acumuladas, sendo assim, de forma muito particular, infinitamente, mais rica e complexa do que a do indivíduo, reafirmando a teoria de que a sociedade é que determina o indivíduo.

A especificidade das Ciências Sociais está no fato de que o campo de observação do cientista social – a realidade social – tem um significado prévio para ele próprio e para as pessoas que são objeto da investigação.

A interação, como ação recíproca entre os indivíduos
  • Pode ser de vários tipos e, assumir várias formas:
    conflito, cooperação, competição, submissão, etc.

As regras sociais são criadas por grupos sociais específicos.

Durkheim e o Direito


Durkheim tenta formular proposições que estabeleçam relações constantes entre os fenômenos, os chamados “fatos sociais”, a fim de compreender a maneira de agir fixa ou não do indivíduo, obedecendo à coerção exterior, determinada pela sociedade sobre o mesmo, implicando, assim, que a sociedade se impõe ao indivíduo, ditando a ele normas de comportamento, e que a ele compete, apenas, assimilá-las, não importando se haveria interesses ou motivações individuais que determinassem o “fato social”, haja vista, para ele ser o todo mais importante do que as partes que o compõem, sendo cada indivíduo, portanto, apenas um átomo na grande química que é a sociedade.

Na medida em que as regras de vários grupos entram em conflito e contradizem umas às outras, haverá discordância sobre o tipo de comportamento que é apropriado em qualquer situação dada. Embora se possa argumentar que muitas ou a maioria das regras são em geral e, aceitas por todos os membros de uma sociedade, a pesquisa empírica sobre uma dada regra em geral, revela variação nas atitudes das pessoas.

As regras formais, impostas por algum grupo constituído em especial, podem diferir daquelas que são consideradas realmente apropriadas pela maioria das pessoas. As facções num grupo podem discordar em relação ao que chamei de regras de operação reais. Mais importante para o estudo do comportamento comumente rotulado como desviante, as perspectivas das pessoas que se engajam no comportamento são provavelmente diferentes daquelas das pessoas que o condenam.

Nesta última situação, uma pessoa pode sentir que está sendo julgada de acordo com regras para cuja elaboração não contribuiu e que não aceita, regras impostas a ela por “marginais”.

Tipificação


Os indivíduos possuem esquemas tipificadores que afetam continuamente nossa interação com os outros. Ao mesmo tempo, essas tipificações podem ser modificadas na interação. Essa modificação é recíproca, pois os outros também nos percebem de maneira tipificada. Nesse sentido, a realidade social é permanentemente “negociada” e “construída” na interação entre os indivíduos.


Noções Conclusivas


Durkheim, deve ser considerado o Pai da sociologia por que forneceu elementos decisivos para a constituição da mesma, como ciência e para compreensão da vida social ,na tradição estabelecida de pesquisas concretas.


Para ele a crise moral de seu tempo seria resolvida com a formação de instituições púbicas capazes de se impor aos membros da sociedade, e eliminar os conflitos.

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